É evidente o avanço das mulheres no campo. Embora elas sempre tenham desempenhado um importante papel na agricultura, somente agora, nas últimas décadas, elas têm conquistado o reconhecimento merecido. Por se tratar de um setor em constantes evoluções e mudanças, as mulheres exercem uma função fundamental.
Para ter uma ideia da participação e visibilidade das mulheres no agronegócio, basta observar a busca por seus direitos e a conquista cada vez maior de seus objetivos no setor. Com base na pesquisa sobre a participação feminina no agronegócio brasileiro divulgada no dia 14 de outubro de 2021, pela Agroligadas — um coletivo de mulheres ligadas ao agronegócio e sem fins lucrativos, foi possível concluir que, a maioria das mulheres, ou seja, 69% delas são proprietárias e/ou arrendatárias de terras. As demais são diretoras, gerentes ou administradoras, o que corresponde a 17%. Além disso, 16% são empregadas ou supervisoras e, 15% são veterinárias, agrônomas ou zootecnistas também correspondem a 15% e, por último, 4% são estagiárias. O levantamento foi realizado com 408 mulheres, com idade média de 40 anos e residências espalhadas por todo o Brasil.
O número de mulheres que fazem parte do agronegócio brasileiro vem crescendo. Segundo os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), é possível confirmar que, de 2004 a 2015, a participação das mulheres nos setores de insumos, agropecuária, agrosserviços e agroindústria, subiu de 24,1% para 28% do total de trabalhadores.
Diante de todos esses dados apresentados, tanto no estudo da Agroligadas como nos números da Cepea, é possível concluir que o campo sempre contou com a presença feminina, mas, por muito tempo, se via mulheres apenas em espaços secundários. Agora, as posições de liderança no campo, tem sido cada vez mais recente e as expectativas são de avançar cada vez mais.